Tecnocracia ou democracia? Gestão e representatividade
A UNO continua seu caminho em 2012, depois do sucesso do ano passado, com a mesma aposta com a qual se tornou conhecida: abordar questões que estão no centro das preocupações e no topo da agenda dos tomadores de decisões no mundo empresarial, financeiro e político; contar com empresas espanholas, portuguesas e latino-americanas de máximo prestígio; e manter de forma incorruptível a sua independência e o máximo respeito por todas as opiniões expressas em suas páginas que, não por isso, representam necessariamente as opiniões da LLORENTE & CUENCA. Porque, como dizemos sobre a razão de ser do d+i LLORENTE & CUENCA: a realidade não é branca, nem preta.
Na UNO#7, não podemos esquecer as muitas ramificações e implicações que “A Grande Recessão” está gerando para a economia, a política, as empresas, as instituições financeiras e a sociedade, como destacamos em alguns números anteriores. Tudo está em debate neste momento: as razões pelas quais chegamos a esta situação, as políticas para tentar sair dela, os planos estratégicos que as empresas e os bancos devem pôr em prática para enfrentá-la e, também, o próprio modelo econômico e a estrutura política das nossas sociedades.
Diante de uma situação extraordinária como a que estamos vivendo, muitos se questionam se devemos assumir posições de lideranças aptas para enfrentar os desafios do atual momento
Além disso, o cinismo ou falta de interesse dos cidadãos com relação aos seus líderes empresariais ou políticos, como consequência daquilo que a opinião pública percebe como uma falta destes de saber estar à altura dos acontecimentos extraordinários que vivenciamos e que se refletem em qualquer uma das pesquisas que são realizadas ultimamente, cresceu até o ponto em que há quem, inclusive, questione o próprio modelo econômico e político que está na base da prosperidade social e estabilidade política que viemos desfrutando desde o final da II Guerra Mundial.
Portanto, diante da situação extraordinária que estamos vivendo, muitos se perguntam se devemos assumir posições de lideranças aptas para enfrentar os desafios do atual momento, mesmo que o preço seja subverter, transformar ou adiar o funcionamento dos mecanismos que até então dirigiram a nossa sociedade. Sem dúvidas, este é um grande debate de implicações complexas e sem resoluções fáceis ou simples.
Nesta edição da UNO, não tomamos partido de nenhuma das opções intelectuais que são debatidas neste momento, mas abrimos suas páginas para que algumas delas sejam expressas com liberdade. Além dos nossos colaboradores habituais, José Antonio Zarzalejos, Mariano Guindal e Ignacio Escolar, temos o privilégio de contar com a colaboração do Presidente da CEOE, ou seja, a organização dos empresários espanhóis, Juan Rosell; da prestigiada jornalista portuguesa Maria Flor Pedroso; do Diretor de Gabinete da anterior Ministra de Defesa do Governo da Espanha, Joaquín Fernández; do pensador e cientista político chileno, Raúl Rivera; e do Professor da Universidade de Castilla-La Mancha da Espanha, Juan Luis Manfredi. Agradecemos a todos por honrar as páginas da UNO com seu prestígio profissional ou acadêmico.
O debate está aberto, a UNO serve de eco deste debate e contribui para seu esclarecimento partindo da independência e da liberdade.