Atrever-se a inovar comunicando a RSC
As empresas estão cada vez mais conscientes do compromisso com o entorno em que desenvolvem suas atividades. Não obstante, este compromisso assume um significado especial quando ligado com o que temos com nosso povo, verdadeiro motor desta necessidade que sentimos de criar iniciativas que façam a diferença, gerando um impacto social significativo.
Nossa Responsabilidade Social Corporativa deve ser colocada hoje no centro da narração às pessoas, como verdadeiros protagonistas da mesma e seus valores como o eixo articulador
É possível inovar dentro de territórios tão sérios como, por exemplo, a segurança rodoviária? Há espaço para um novo discurso em um território na qual tantas empresas já trouxeram uma visão sólida e necessária? E, o que é mais importante, como hoje em dia podemos chamar a atenção de audiências saturadas de informação a fim de obter que se envolvam, reflitam e discutam sobre temas de relevância social como esta?
Qualquer reflexão sobre os territórios em que as empresas desenvolvem a Responsabilidade Social Corporativa deve ser colocado hoje no centro da narração às pessoas, como verdadeiros protagonistas da mesma e seus valores como o eixo articulador. Essa mudança de perspectiva frente a uma visão utilitária da RSC, como um catalisador do nosso próprio papel como organizações, envolve encontrar uma história que pode cativar essas pessoas, encorajando-as a assumir o papel central que lhes corresponde por direito. Todos podemos concordar sobre a necessidade de, por exemplo, salvar vidas na estrada, mas se como empresa não podemos ser capazes de escrever uma história que desperte a curiosidade dos nossos grupos de interesse, dificilmente poderemos gerar adesões e empoderar as comunidades as quais nos dirigimos, convertendo a cada um dos indivíduos em um verdadeiro embaixador da Segurança Rodoviária.
Uma narrativa inovadora em um território necessita, muita vezes, de ferramentas de comunicação que apoiem a sua dinamização. A necessidade de combinar critérios emocionais, racionais e experiências da história que queremos contar implica que nos atrevemos a experimentar com novos formatos. As audiências sofisticadas de hoje em dia exigem uma storytelling transmedia, que lhes permita encontrar, em cada ponto de contato, um incentivo diferenciado, sem perder em nenhum caso, o fio principal de uma história que deverá se conectar com seus valores. A utilização de novas ferramentas narrativas como gamificação, as webseries, os brand films ou os eventos experienciais não são apenas capital de comunicação comercial, elas também podem nos ajudar a comunicar de maneira eficaz nossas histórias no território da RSC.
O uso de técnicas jornalísticas e de entretenimento na construção das nossas narrativas de RSC pode significar a diferença entre o engagement e a passividade
O uso de técnicas jornalísticas e de entretenimento na construção das nossas narrativas de RSC pode significar a diferença entre o engagement e a passividade, mas nunca devemos esquecer que é o poder da história que marca a diferença básica entre um plano mais ou menos bem-sucedido. No final, a capacidade de mudar para melhor a realidade deve ser o nosso maior prêmio e a principal motivação quando se trata de propor inovação na forma como desenvolvemos a RSC.