Internet: a revolução permanente
A tecnologia avança atualmente em um ritmo impensável há apenas duas décadas. E junto com o desenvolvimento tecnológico, ou paralelamente a ele, se movimentam as pessoas e também as empresas. Sabem quanto tempo demorou o telefone para chegar a 25% da população mundial? Aproximadamente 35 anos. Para a televisão custou 26 anos. Já ao rádio, um pouco menos, 22. O celular só precisou de 13 anos para estar nas mãos desses 25%. E a internet? Apenas sete anos, três a mais que a internet móvel (celulares e tablets), que só precisará de três anos. Quanto precisou o Facebook? Dois anos.
Como se fosse pouco, a revolução continua. Neste entorno, as pessoas e as empresas não só têm que se adaptar de forma cada vez mais rápida às permanentes mudanças, mas no caso das companhias, uma das chaves para sua sobrevivência e sucesso é a antecipação. Trabalhar na internet é como deslizar sobre uma fina camada de gelo. Se você não vai suficientement rápido, afunda. É uma das principais experiências da Anuntis, uma companhia que promoveu em poucos anos uma transformação total de seu negócio: de editar revistas de classificados a administrar portais de anúncios e obter 100% de seu faturamento via internet. De alguma maneira, essa transformação segue em andamento porque hoje a internet deixou de estar ligada ao computador de casa para ser encontrada em qualquer smartphone ou tablet. E tem mais, a rede tem um novo objetivo a curto prazo: a televisão.
A revolução tecnológica tem tendência a se acelerar: o telefone demorou 35 anos para chegar a 25% da população, a internet, 7 anos, e a internet móvel, apenas 4
A atitude de empresários e empreendedores perante a velocidade e o alcance destas mudanças passa por um estado de alerta constante. De alguma maneira, dirigir a empresa com faróis de longo alcance para prever qualquer obstáculo com antecedência. Casos como o da Nokia não deixam de ser um aviso para navegantes. Em apenas quatro anos, a Apple pôs em xeque mais de 25 de história de um líder tão sólido no mercado como a companhia finlandesa, uma
situação similar à que experimentou a Research in Motion, fabricante da BlackBerry.
Além da antecipação e a velocidade, para lidar com as inevitáveis e constantes mudanças que a internet gera é imprescindível vencer as resistências internas para enfrentar as mudanças necessárias para promover a transformação e fazê-lo com convicção. Neste sentido, a aposta passa por oferecer os recursos necessários tendo a possibilidade em mente de que nosso modelo atual de negócio pode desaparecer. É precisamente a situação que a imprensa vive há alguns anos. Sobreviverá? Claro, embora o papel tenha os dias contados.
No mundo de internet é preciso pensar em nossos filhos e netos: os nativos digitais. Definitivamente, eles serão nossos clientes a médio prazo
E embora seja difícil, não se deve olhar o mundo com a perspectiva de uma pessoa de 40 ou 50 anos, nem pelo menos de 30. No mundo da internet, é preciso pensar em nossos filhos e netos: os nativos digitais. Aqueles que ainda não aprenderam a falar, mas são capazes de conduzir a tela de um smartphone ou um tablet. Talvez nós não sejamos capazes de imaginar deixar de ler livros em papel, mas a percepção é completamente diferente para os nativos digitais. E definitivamente, eles serão nossos clientes no médio prazo.
Falar de internet hoje em dia é falar de mobilidade, e muito especialmente na Espanha, o oitavo país do mundo com maior penetração de smartphones.
No fim de 2012, a penetração destes dispositivos em nosso país superava a marca de 63%. Segundo dados da comScore, dois de cada três aparelhos móveis vendidos na Espanha são smartphones, e já há 21 milhões de dispositivos em uso.
Apesar da política das companhias de telefonia ter muito a ver com o avanço da penetração de smartphones na Espanha, o fim da estratégia de “presente de aparelhos” não representou um retrocesso nas vendas. Além disso, a cultura tecnológica parece ter se enraizado na Espanha mais do que em outros países. Tanto que nosso país também lidera o uso de tablets na Europa, sendo que cerca de 17% da população possui um smartphone e também um tablet. Os dados dos portais da Anuntis assinalam também que 30% das buscas dos usuários são realizadas nestes aparelhos.
Também são significativos os picos de uso de um ou outro dispositivo conectado à internet, assim como o tempo empregado em cada uso. Assim, as conexões através de computadores se concentram em horário laboral, enquanto a navegação por meio de smartphones alcança sua cota máxima na primeira hora, antes de entrar no escritório, e nos deslocamentos. A noite, pelo contrário, é território do tablet, e ele costuma ser consultado enquanto se assiste à televisão.
E se é importante conhecer de qual dispositivo os usuários se conectam, também o é o tempo que eles dedicam diante de cada tela, que como é de se imaginar, tem a ver com o tamanho da mesma. Assim, a média de uso de internet nos smartphones é de 17 minutos, nos tablets de 30, e nos computadores
de 39 minutos. Portanto, é essencial adaptar os conteúdos às experiências que cada dispositivo proporciona, sem deixar de olhar adiante. Hoje, o novo desafio no entorno da internet é a televisão.
Se o vídeo conquistou há alguns anos a web, agora é o mundo online que a passos gigantescos está colonizando a televisão. A Smart TV já é uma realidade
a pleno vapor: TV interativa, filmes, fotos, home vídeos, internet e redes sociais. Tudo através de um só comando. Isso também vai redistribuir o cenário da divisão dos investimentos em publicidade na Espanha. Segundo a Infoadex, durante o ano de 2012, a internet já foi o segundo meio com maior investimento propagandista, atrás da televisão. A partir de agora, as mudanças contínuas vão ser permanentes.