UNO Novembro 2015

Investimento estrangeiro em Cuba, componente fundamental para o desenvolvimento de determinados setores da economia nacional

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Ogoverno cubano aprovou, em outubro de 2013, a Política de Investimento Estrangeiro, que reconhece o papel potencial dos fluxos de capital estrangeiro capazes de contribuir eficazmente para a realização dos objetivos de desenvolvimento econômico sustentável do país.

Durante a edição XXXII da Feira Internacional de La Havana 2014 foi publicado o novo Portfólio de Oportunidades de Investimento Estrangeiro e o Guia do Investidor, documentos que propiciam, de forma eficaz, promover e atrair investimentos estrangeiros para o país. É possível encontrar informações detalhadas no site: www.cepec.cu.

Espera-se que o capital estrangeiro gere efeitos positivos para a indústria nacional cubana

No Portfólio de Oportunidades 2014 foram incluídos os princípios gerais e setoriais da política de investimento estrangeiro, que será o guia para gerenciá-lo como um elemento ativo e fundamental em determinadas atividades econômicas. Além disso, inclui informações dos setores em que a atração de capital estrangeiro é priorizada, assim como 246 projetos com potencialidade para executar investimentos nos setores agroalimentares, indústrias em geral, energia proveniente de fontes renováveis ​​e não renováveis, mineração, transporte, turismo, indústria açucareira, entre outros. O portfólio inclui também um grupo de projetos a serem desenvolvidos na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel (ZEDM). Cada projeto conta com uma ficha que inclui informações gerais de interesse para os investidores estrangeiros.

12Dentro de setores e atividades priorizadas listadas na nova carteira, estão incluídas a produção e a industrialização de alimentos, o desenvolvimento da produção industrial para exportação e de substituição de importações nos ramos siderúrgico e químico e produtos eletrônicos, o desenvolvimento de novas infraestruturas e a modernização das já existentes. Espera-se que o capital estrangeiro gere efeitos positivos para a indústria nacional cubana, e o desenvolvimento de ligações produtivas em todas as direções que contribuam para aumentar a eficiência da cadeia produtiva.

Desde a aprovação e entrada em vigor do novo marco legal para o investimento estrangeiro, e como resultado das ações de promoção realizadas, muitos interesses de investimento em atividades e setores surgiram, tais como a exploração de petróleo e gás; da geração elétrica a partir de fontes renováveis – entre eles, destacam-se projetos de energia eólica e parques bioelétricos, a partir de biomassa canavieira –; indústria de alimentos em geral; agricultura; indústria siderúrgica e secundária; construção de hotéis e campos de golfe; produção de materiais de construção e comércio atacadista.

O principal objetivo consiste em buscar maiores interesses de companhias estrangeiras e ganhar sua confiança

Atualmente, empresas de diversos países estão negociando projetos de investimento em diversos setores, tanto na ZEDM como no restante do país; o impacto real do investimento estrangeiro será analisado a médio e longo prazo. Neste momento, estamos agora nos estágios iniciais da atração, cujo principal objetivo consiste em buscar maiores interesses de companhias estrangeiras e ganhar sua confiança.

Antes do final de 2015, o Portfólio de Oportunidades será atualizado, retirando projetos que já se encontram em fase final de negociação e incorporando novos.

O intercâmbio com empresas espanholas têm aumentado nos últimos meses, alcançando a concretização de dois usuários na Zona Especial de Desenvolvimento Mariel e com grandes potencial idades de negócios no resto do país.

Déborah Rivas
Diretora-geral de Investimento Estrangeiro, MINCEX / Cuba
Graduada em Relações Econômicas Internacionais, Deborah trabalhou em Cubazúcar e presidente da corporação Panamericana SA. Dentro do Ministério do Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro da República de Cuba ocupou cargos de diretora de Promoção e Avaliação de Negócios Conjuntos, vice-diretora de Negociações com o Capital Estrangeiro, diretora de Controle de Investimento Estrangeiro e, desde 2013, é diretora-geral de Investimento Estrangeiro. Atuou na carreira diplomática nas embaixadas de Cuba no México e no Peru, tendo concluído cursos de Gerenciamento de Projetos, Negociações Multilaterais e Negociações de Acordos Internacionais de Investimentos. [Cuba]

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