A oitava economia do mundo: incluir para crescer
O potencial econômico da Aliança do Pacífico e a rapidez com a qual desenvolveu toda uma plataforma de cooperação entre os países que a formam, transformou este bloco na oitava economia do mundo e isso não é pouca coisa. Podemos dizer que somos a sétima potência exportadora em nível global, chegando a US$ 10 mil de Produto Bruto Interno (PIB) per capita anual na média; representamos 50% do comércio da região, e recebemos em 2012, mais de US$ 70 bilhões em investimento estrangeiro, o que representa 41% do total da região. Além disso, asseguramos 100% de isenção tarifária entre nossos países, assim como um acordo comercial que inclui vários capítulos de acesso a mercados entre os quais se encontram: regras de origem, facilitação comercial, medidas sanitárias e fitossanitárias, obstáculos técnicos, compras públicas, serviços além das fronteiras, telecomunicações, serviços marítimos, serviços aéreos, comércio eletrônico, investimento e mecanismos de solução de controvérsias. Isto constitui uma sólida plataforma, institucional e jurídica, que assegura a estabilidade para a entrada de mais investimentos.
É fundamental que o crescimento econômico aconteça com a implementação de políticas articuladas e orientadas por resultados, destinadas a reduzir a desigualdade e dar oportunidades à população mais vulnerável
Com estas iniciativas, propiciamos maiores intercâmbios regionais e investimentos para melhorar nossa competitividade em benefício de nossas cidades, além de explorar oportunidades comerciais em regiões e economias de alto crescimento no mundo, o que nos permitirá enfrentar de maneira consolidada a marcada crise global que se está vivendo. Tudo isso é mais que encorajador para o Peru, promotor desta Aliança, depois de ter passado por anos muito difíceis. Hoje colhemos o esforço daquele imigrante andino que chegava à capital para realizar seus sonhos com um posto ambulante. Hoje somos o empresário que exporta e dá trabalho a outros peruanos. Hoje somos uma das economias de maior crescimento dos últimos 20 anos em nível mundial. Hoje já fizemos parte da oitava economia do mundo. No entanto, o crescimento econômico por si mesmo não garante a inclusão social da população mais pobre e vulnerável que não se viu beneficiada significativamente em relação ao resto da população. Para que a diminuição da taxa de pobreza continue e se consiga a inclusão social é fundamental que o crescimento econômico aconteça com a implementação de políticas articuladas e orientadas por resultados, destinadas a reduzir a desigualdade e dar oportunidades à população mais vulnerável. Estas políticas não só são indispensáveis para assegurar que a população excluída possa se beneficiar do crescimento econômico, mas fixam as bases para que este crescimento seja sólido e sustentável. A inclusão social permite melhorar a competitividade de nosso capital humano que sustenta a produtividade da economia, permite dinamizar e criar novos mercados, gerar um entorno mais atraente para o investimento privado, alcançar maiores taxas de poupança e de investimento, e gerar receitas fiscais que respaldem a despesa social (investimento para a inclusão social).
Para o governo é uma prioridade manter em andamento o círculo virtuoso formado pelo crescimento e pela inclusão, implementando e fortalecendo a política de desenvolvimento e inclusão social
O país que queremos é um país próspero, onde todos, peruanas e peruanos, sem distinção, possam desfrutar dos benefícios do crescimento de maneira digna, segura e com liberdade. Por isso, o firme compromisso de nosso governo é pela inclusão social. Só na medida em que mais peruanos e peruanas se integrarem como cidadãos plenos ao progresso do país poderemos conseguir o desenvolvimento. Já não se trata só de crescer para incluir, mas também, incluir para seguir crescendo. Para meu governo, é uma prioridade manter em andamento este círculo virtuoso.