Desafios da inovação nas multinacionais em 2020
INOVAÇÃO EM TELEFÓNICA: FAZENDO DANÇAR O ELEFANTE
“É possível fazer dançar um elefante como Telefónica”. Esta frase do presidente de Telefónica, José María Álvarez-Pallete, descreve como as grandes companhias também inovam. No caso das telecoms, a inovação torna-se ainda mais necessária devido ao momento decisivo de transformação que o setor atravessa, para continuar a enfrentar o seu crescimento futuro. Vivemos apenas no início de uma revolução tecnológica sem precedentes, com milhões de novos objetos conectando-se cada dia à Internet, a consolidação da Inteligência Artificial ou a irrupção da computação quântica.
Num momento assim, a inovação tem um papel ainda mais importante. Telefónica é, sim, um elefante com quase 100 anos de história, mas que tem a inovação no seu ADN, e soube adaptar-se e dançar ao som dos novos tempos, aproveitando sempre as diferentes vagas de disrupção tecnológica. Estamos prontos para aproveitar a vaga atual, e brindar aos nossos clientes uma vez mais o melhor que a tecnologia oferece, ajudando-os no seu dia-a-dia para que a sua vida seja cada vez melhor.
“Vivemos apenas no início de uma revolução tecnológica sem precedentes”
UM ELEFANTE INOVADOR COM UMA LONGA TRAJETÓRIA
Resulta algo estranha a existência de um Chief Innovation Officer, o cargo que ocupo, numa companhia como Telefónica, que inova todos os dias em todas as suas áreas. Mas, ao contrário dessa inovação, centrada nas necessidades do dia a dia e na operativa do negócio em curto prazo, o foco da área global de inovação é impactar a médio e em longo prazo. A nossa missão é antecipar as necessidades da companhia, e contribuir para o seu crescimento futuro, criando novas capacidades nas nossas redes e novos serviços para os nossos clientes.
Para isso, abordamos a inovação em duas frentes: uma interna, e outra aberta à colaboração com terceiros. A inovação sem colaboração não tem sentido. De contrário, fecharíamos o passo ao talento, às ideias e à tecnologia que está aí fora, e que nos pode ajudar a crescer.
Assim, inovamos internamente em iniciativas core para a companhia, com recursos próprios e com terceiros, através de dos ecossistemas de apoio ao empreendimento mais importantes do mundo, com as nossas iniciativas Wayra, Open Future e os investimentos de Telefónica Innovation Ventures.
“Estamos a adaptar as nossas redes ao futuro, preparando-as para a chegada do 5G e para dar lugar às novas tecnologias como o edge computing”
INOVAÇÃO INTERNA PARA O NEGÓCIO CORE DE TELEFÓNICA
Oferecer a melhor conectividade, para oferecer cada vez mais e melhores serviços aos nossos clientes é essencial para Telefónica. É o primeiro requisito para aceder ao mundo digital. Por isso, uma boa parte dos projetos internos de inovação está centrada na conectividade, o negócio core de Telefónica. Estamos a adaptar as nossas redes ao futuro, preparando-as para a chegada do 5G e para incorporar novas tecnologias, como o edge computing, que nos permitirão melhorar os serviços atuais e oferecer outros novos, que serão decisivos para o desenvolvimento da Internet das Coisas.
Muitos destes projetos nascem do nosso programa de intra-empreendimento, baseado na metodologia Lean Startup, um programa que chamamos Lean Elephant, através do qual os nossos empregados idealizam e impulsam projetos que nascem no seio da companhia. Os projetos selecionados são geridos desde a sua concepção como startups, prosperando unicamente aqueles que demonstram um grande potencial para impactar no negócio da companhia.
É este o caso da Internet para Todos (IpT), uma iniciativa que já se está a implantar com êxito no Peru, e que queremos estender a outros países latino-americanos. Nesta região vivem 100 milhões de pessoas sem acesso à Internet móvel e que, por isso, não podem aproveitar-se das vantagens económicas e sociais que oferece. Pessoas que vivem geralmente em zonas remotas e isoladas, onde implantar as redes de telecomunicações convencionais é muito custoso. Pois bem, IpT está a tornar possível implantar as redes necessárias, com um modelo inovador e sustentável do ponto de vista económico, que combina o uso de tecnologias alternativas e a colaboração com terceiros, que nos permite fazer crescer o nosso negócio, ao mesmo tempo que tornamos inclusiva a conectividade, para que ninguém fique para trás, algo do que estamos muito orgulhosos.
INOVAÇÃO ABERTA EM TELEFÓNICA
Há oito anos, Telefónica aventurou-se num terreno que lhe era totalmente desconhecido, e pôs em marcha um ambicioso programa de aceleração de startups, Wayra. Éramos conscientes do talento existente nos mercados em que operávamos, e queríamos dar-lhe impulso, evitando a sua fuga para outros países. Não foi um caminho fácil para Telefónica, uma companhia que muitos empreendedores olhavam erradamente como um elefante, incapaz de inovar. Aprendemos muito nesse caminho, dos empreendedores, das startups, e dos nossos próprios erros… Mas hoje podemos afirmar que Wayra, junto com Open Future, a nossa rede de alianças de empreendimento com instituições públicas e privadas, com Telefónica Innovation Ventures, e com as nossas equipas de scouting em alguns dos hubs de inovação mais importantes do mundo como Silicon Valley ou Israel, nos permitiu criar um ecossistema de inovação muito poderoso que é fundamental para o crescimento do nosso negócio.
MENOS “SEXY”, MAS FIÉIS E CONSTANTES
Sempre afirmei que Telefónica é uma companhia inovadora, que pode parecer menos “sexy” se comparada com companhias e plataformas tecnológicas que nasceram já na era digital. Mas contamos com 95 anos de inovação, em que não deixamos de nos reinventar, nem de olhar o futuro um único dia. Quase um século de inovação constante, que é vital para oferecer o melhor serviço aos nossos clientes e fazer crescer o nosso negócio, e também para que outros possam inovar através das nossaas redes, porque sem a conectividade, a vaga de disrupção tecnológica que atravessamos seria impensável.
“Sem a conectividade, a vaga de disrupção tecnológica que atravesamos seria impensável”